Prêmio Açorianos de Música terá novidades em 2015

Cerimônia do Prêmio Açorianos de Música 2013, realizada em abril, homenageou a cantora Lourdes Rodrigues. Foto: Ricardo Stricher/PMPA

Cerimônia do Prêmio Açorianos de Música 2013, realizada em abril, homenageou a cantora Lourdes Rodrigues. Foto: Ricardo Stricher/PMPA

Principal premiação da música do Rio Grande do Sul, o Açorianos de Música terá um calendário diferenciado em 2015. Tradicionalmente realizada no primeiro semestre, a cerimônia de entrega do prêmio passará a ser feita no final do ano, em dezembro. A novidade segue uma proposta desenvolvida dentro da Secretaria Municipal da Cultura visando tornar mais próximas as datas das festas do Prêmio Açorianos das diferentes áreas artísticas – além da música, há também premiações para artes cênicas, artes plásticas, dança e literatura.

Com a mudança na data, o Açorianos de Música 2014/2015 vai contemplar obras lançadas ao longo do ano de 2014 e também no primeiro semestre de 2015. Assim, os artistas interessados em concorrer ganharão mais tempo: as inscrições serão abertas no início do segundo semestre de 2015, em período a ser definido. A edição seguinte do prêmio, em 2016, irá avaliar trabalhos lançados no segundo semestre de 2015 e no primeiro semestre de 2016, e assim sucessivamente.

O Prêmio Açorianos de Música, instituído em 1991, é uma realização da Prefeitura Municipal, por meio da Coordenação de Música da Secretaria Municipal da Cultura. Para mais informações, o telefone da coordenação é (51) 3289-8119.

Estúdio Geraldo Flach recebe inscrições

Está aberto, até o dia 1° de dezembro, o período de inscrições para utilização do Estúdio Geraldo Flach durante o ano de 2015. O espaço, instalado no Teatro de Câmara Túlio Piva (Rua da República, 575), oferece a músicos e artistas populares da cidade a oportunidade de gravar trabalhos inéditos, mediante uma taxa de R$ 100 por temporada. Os interessados podem se candidatar para ocupar o estúdio em uma das oito temporadas disponíveis, entre março e novembro do ano que vem.

As inscrições podem ser feitas na Coordenação de Música da Secretaria Municipal da Cultura (SMC). Os candidatos – artistas individuais ou grupos – têm de entregar, no ato da inscrição, um CD com pelo menos três das músicas que pretendem gravar no estúdio. É preciso ter idade igual a superior a 18 anos e ser residente em Porto Alegre.

O objetivo do estúdio – cujo nome homenageia o pianista, compositor e arranjador Geraldo Flach (1945-2011) – é atender exclusivamente a produções independentes, sem aporte de gravadora ou patrocinadores. O espaço funciona de segunda a sexta-­feira, das 8h30min às 12h e das 13h30min às 18h, exceto em feriados.

O regulamento completo do edital e os formulários para inscrição podem ser acessados na página da Secretaria Municipal da Cultura na internet (item Editais), ou neste link:

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/default.php?reg=447&p_secao=184

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones:

(51) 3224-5466 (Estúdio Geraldo Flach)

(51) 3289-8119 (Coordenação de Música SMC)

Paola Matos e Bianca Obino fazem noite brasileira no Sons da Cidade

Duas artistas de estilos distintos, em performances de grande expressividade, foram as atrações do mês de outubro no projeto Sons da Cidade. Bianca Obino e Paola Matos dominaram, cada uma à sua maneira, o palco do Teatro Renascença, na noite de terça-feira (28), em uma noite dedicada à música brasileira.

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Bianca Obino

Ritmos e sutilezas permearam a apresentação de Bianca, que entrou em cena sem acompanhamento para apresentar os temas do álbum Artesã. A compositora cantou com delicadeza e tocou seus violões – um de cordas de nylon, outro de 12 cordas – com personalidade, muitas vezes enfatizando o aspecto percussivo dos instrumentos. A artista intercalou as canções com relatos sobre as andanças recentes em países como Inglaterra e Austrália – que inspiraram músicas como Mind the Gap e Do Outro Lado do Mundo, também presentes no repertório.

Paola Matos, Diogo Matos, Daniel Fortes e Sandro Bonato

Paola Matos, Diogo Matos, Daniel Fortes e Sandro Bonato

Depois do intervalo, a atmosfera intimista do acústico deu lugar à eletricidade do show de Paola, que dividiu o palco com a afiada banda formada pelo irmão Diogo Matos (teclados) e por Daniel Fortes (baixo) e Sandro Bonato (bateria). O trio instrumental esbanjou entrosamento, na medida certa para a grande intensidade das interpretações da cantora. Impecável, Paola alternou canções de seu disco Brasileirice com clássicos do repertório de Elis Regina e temas de Gonzaguinha – um deles, Sangrando, foi um dos pontos mais altos do roteiro, com a intérprete fazendo total justiça à raça e à emoção cantadas na letra. Os aplausos, como também tinham sido ao final do show de Bianca, foram calorosos.

O Sons da Cidade volta ao Teatro Renascença em 25 de novembro, com a cantora Vanessa Longoni e o sambista Eduardo Pitta.

Texto e fotos: Luís Bissigo

República do Rock vai do acústico ao elétrico com 50 Tons de Blues e Jimi Joe

Mil tons sonoros, do blues acústico ao rock elétrico, permearam a edição de outubro do projeto República do Rock, terça-feira à noite, no Teatro Renascença. O percurso musical da noite começou com o espetáculo 50 Tons de Blues e culminou com as canções eletrificadas de Jimi Joe.

Capitaneado pelo violonista Renato Velho, premiado com o Açorianos de Música 2013 na categoria Intérprete Instrumental, o show 50 Tons de Blues celebrou as origens rurais de um gênero que inspirou diretamente várias vertentes roqueiras.

50 Tons de Blues. Da E para a D: Jonatã, Manéco, Toyo e Renato

50 Tons de Blues. Da E para a D: Jonatã, Manéco, Toyo e Renato

Para lembrar temas de nomes como Robert Johnson e Willie Brown, Velho teve a companhia de Manéco Rocha (com sua curiosa percussão de dedais, vassourinhas e tábua de lavar roupa) e de Jonatã Edinger (tocando uma espécie de banjo mais grave, construído pelo próprio Renato especialmente para gravar o disco 50 Tons de Blues). O gaitista Toyo Bagoso também participou do show, acrescentando ainda mais cores à receita blueseira do trio.

Carlos Magno (E), Gustavo Chaise (no alto) e Jimi Joe (à frente) no palco do Renascença

Carlos Magno (E), Gustavo Chaise (no alto) e Jimi Joe (à frente) no palco do Renascença

Na segunda parte, Jimi Joe apostou em uma performance direta e intensa, tocando sua guitarra de 12 cordas acompanhado de Gustavo Chaise (baixo) e Carlos Magno (bateria). O repertório teve novidades – como a canção O Que Dizer, dedicada à mulher do compositor, Juliana – e também músicas bem conhecidas, como Sandina, Fecha Um e Adeus às Ilusões. Houve também uma canja de Bebeto Alves e King Jim – com quem Jimi forma o grupo Los 3 Plantados.

Na linha de frente: Jimi, Bebeto e King Jim

Na linha de frente: Jimi, Bebeto e King Jim

O show, que teve oportunas citações a músicas de Rolling Stones e Led Zeppelin, terminou com uma releitura de Rain, dos Beatles – uma das mais belas e menos badaladas canções do quarteto de Liverpool.

Texto e fotos: Luís Bissigo

Paulinho Parada e Grupo Mas Bah! lembram Lupi no Sons da Cidade

O repertório e a alma boêmia de Lupicínio Rodrigues estiveram presentes na edição especial do projeto Sons da Cidade em homenagem ao centenário de nascimento do compositor. O espetáculo, realizado terça-feira, no Teatro Renascença, teve as ótimas performances do músico Paulinho Parada e do Grupo Mas Bah!, que trouxeram novas interpretações para a obra de Lupi e tiveram boa receptividade da numerosa plateia presente.

 

Paulinho Parada e grupo. Foto: Carla Balbinot

Paulinho Parada e grupo. Foto: Carla Balbinot

 

Coube a Paulinho Parada e seu grupo dar início à homenagem, com uma versão emocionada para a clássica Esses Moços. No show, em que a delicadeza da sonoridade do chorinho foi a tônica, Paulinho iria reler outras canções de Lupi, como Loucura e Nervos de Aço, intercaladas com algumas de suas composições próprias. Algumas delas, como Choro Cantiga Tu Vais Cair, evidenciaram que a poética lupiciniana de amores, paixões e desilusões segue muito influente na música popular.

 

Grupo Mas Bah!. Foto: Carla Balbinot

Grupo Mas Bah!. Foto: Carla Balbinot

 

A segunda parte da noite foi mais festiva, com o cuidadoso trabalho vocal e instrumental do Grupo Mas Bah!. O quinteto combinou sonoridades urbanas e regionais, revisitando com desenvoltura e carisma canções conhecidas, como Os Homens de PretoSolo le Pido a Dios e Vira Virou. O tributo a Lupicínio veio na sequência de Felicidade, Se Acaso Você Chegasse e Cevando o Amargo – as duas primeiras, em formato indiscutivelmente acústico, sem microfones ou amplificação.

Tudo terminou em clima de celebração, com todos os músicos da noite reunidos no palco para cantar Felicidade em ritmo de choro, samba e euforia. Uma noite para orgulhar Lupi e seus admiradores.

 

O final da noite, com os dois grupos reunidos no palco. Foto: Carla Balbinot

O final da noite, com os dois grupos reunidos no palco. Foto: Carla Balbinot

Yesomar e Motor City Madness aceleram o rock no Renascença

A promessa de uma noite de muito peso e velocidade – na última edição do projeto República do Rock – foi cumprida à risca, na terça-feira, pelas bandas Motor City Madness e Yesomar. No palco do Teatro Renascença, os dois grupos serviram doses generosas de energia, entrega e eletricidade roqueira – e viram a plateia inclusive dançar em pleno teatro, em alguns momentos.

(Fotos do post: Belisa Giorgis)

Motor City Madness

Motor City Madness

Os dois quartetos optaram por uma das formações clássicas do rock – bateria, baixo e duas guitarras alternando ritmo e solos, com um dos guitarristas assumindo os vocais principais. O primeiro show foi da Motor City Madness, que confirmou com folga a boa reputação conquistada na cena independente. Foi uma performance coesa, recheada de canções rápidas e de impacto – várias delas registradas no primeiro disco da trupe. Ms. Dynamite, Schizoid e Ready to Explode foram alguns dos grandes momentos.

Yesomar

Yesomar

Na sequência da noite, a Yesomar tomou o palco sem fazer cerimônia – inclusive começando a tocar antes mesmo de a cortina ser aberta. Foi novamente uma sucessão de músicas intensas e urgentes, intercaladas pelas intervenções bem-humoradas do guitarrista e cantor Dundi. O roteiro teve canções como Saco 100 Fundo, Perfecto e Lingerie, fechando uma noite de alta voltagem no Renascença.

O República do Rock volta em 7 de outubro, em embalo de blues e folk, com o trbalho solo de Jimi Joe e o espetáculo acústico 50 Tons de Blues, dos músicos Renato Velho e Manéco Rocha.

Sons da Cidade homenageia Lupicínio Rodrigues

A edição de setembro do projeto Sons da Cidade, no próximo dia 30, será uma homenagem ao centenário do nascimento de Lupicínio Rodrigues, que se completa no dia 16 deste mês.

As duas atrações escaladas para o espetáculo irão revisitar, com linguagem própria, temas do repertório de Lupi, além de mostrar músicas próprias. Quem estará no palco serão o músico e escritor Paulinho Parada e o Grupo Mas Bah!.

Paulinho Parada. Foto: Ita Pritsch, divulgação

Paulinho Parada. Foto: Ita Pritsch, divulgação

Com dois livros e dois discos no currículo, Paulinho Parada segue influências do samba e da bossa nova. No show em homenagem a Lupi, o músico (piano e violão) investe em uma formação de regional de choro, com com Elias Barboza (bandolim), Ju Rosenthal (cavaco), Bernardo Moletta (violão de sete cordas) e Maicon Ouriques (pandeiro) e participações de Thaís Nascimento (violão) e Bárbara Utzig (flauta).

 

Grupo Mas Bah! Foto: Kairo Lenz, divulgação

Grupo Mas Bah! Foto: Kairo Lenz, divulgação

Surgido há três anos, o Grupo Mas Bah! une a música regional gaúcha a elementos do jazz, do reggae e do pop. O quinteto – Jacson Jaques (violão e voz), Fernanda Lopes (voz), Rafa Martins (percussão), André Munari (acordeão e voz) e Gustavo Brodinho (baixo e voz) – já gravou dois discos e apresentou-se em países como França, Suíça e Argentina.

O ingresso para o evento no Teatro Renascença é a doação de um quilo de alimento não perecível. As senhas poderão ser retiradas no local, a partir das 19h, no dia do show.

Angelo Primon e Thiago Ramil brilham no Sons da Cidade

Angelo Primon e Thiago Ramil fizeram uma grande noite musical na edição de agosto do projeto Sons da Cidade, na última terça-feira. No palco do Teatro Renascença, os dois músicos exploraram sonoridades acústicas em performances de alto teor poético, aplaudidas por um público curioso e numeroso.

 

Angelo Primon e seu grupo no show Olhar o Mar. Foto: Luís Bissigo

Angelo Primon e seu grupo no show Olhar o Mar. Foto: Luís Bissigo

O roteiro começou com o espetáculo Olhar o Mar, em que Angelo Primon revisita canções de artistas lusitanos contemporâneos, como Zeca Medeiros, Luís Gil Bettencourt e Madredeus. Com a companhia de Matheus Kleber (piano, teclado e acordeão), Marco Maia (violoncelo) e Débora Dreyer, Regina Machado e Eduardo Alves (vozes), Primon lançou mão do violão e da viola de 10 cordas, e o grupo alcançou momentos de grande delicadeza vocal e instrumental, sob medida para a nostalgia sugerida pelo repertório.

 

Thiago Ramil e a irmã Gutcha no Renascença

Thiago Ramil e a irmã Gutcha no Renascença

Na segunda parte, Thiago Ramil mostrou seu trabalho fortemente autoral, honrando a tradição criativa de uma família que inclui os tios Kleiton, Kledir e Vitor (presente na plateia) e o primo Ian Ramil. Com o violão e a voz do autor como ponto de partida, o show teve grande variedade sonora, com dinâmicas e combinações surpreendentes entre percussão, violino, guitarra, piano, teclado, vozes e efeitos eletrônicos – a cargo dos músicos Gutcha Ramil, Andressa Ferreira, Vinicius Albernaz e Felipe Zancanaro.

Depois de uma das melhores edições do ano, o Sons da Cidade volta em 30 de setembro, com o músico Paulinho Parada e o Grupo Mas Bah! rendendo homenagem ao centenário de Lupicínio Rodrigues.

Luciano Granja Grupo e The Jalmas fazem noite roqueira no Renascença

A edição de agosto do projeto República do Rock, na terça-feira (12), teve shows de diferentes estilos no palco do Teatro Renascença. As bandas The Jalmas e Luciano Granja Grupo mostraram, cada uma a seu modo, como o rock pode ser um estilo versátil e provocador.

The Jalmas. Foto: Belisa Giorgis

The Jalmas. Foto: Belisa Giorgis

A sessão de rock’n’roll começou com o quinteto The Jalmas, que está divulgando seu primeiro disco, Dos Palcos aos Cabarés. Em uma performance direta e objetiva, o grupo mostrou ser um legítimo herdeiro das influências dos anos 1960 e de ícones sulistas como TNT, Cascavelletes e Tequila Baby. Com ênfase nas guitarras, os Jalmas cantaram sem cerimônia a vida na estrada, as noites de bebedeira e as aventuras com garotas desconhecidas, ganhando aplausos.

Luciano Granja Grupo. Foto: Belisa Giorgis

Luciano Granja Grupo. Foto: Belisa Giorgis

O quarteto liderado pelo guitarrista Luciano Granja fez, com energia e competência, o segundo show da noite. O som da banda combina toques setentistas a elementos mais contemporâneos, como efeitos eletrônicos – mais evidentes, por exemplo, na releitura psicodélica de All Apologies, do Nirvana. Humberto Gessinger foi o convidado especial, cantando e tocando acordeão no tema A Ilha não se Curva, lançado pelos Engenheiros do Hawaii – banda da qual Granja já foi integrante.

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Humberto Gessinger no show do Luciano Granja Grupo. Foto: Belisa Giorgis

Além de temas próprios, o grupo também releu Dançar Direito, da banda gaúcha Barata Oriental – antigo projeto do cantor e compositor Nenung, uma das atrações do República do Rock em julho.

Luciano Granja Grupo e The Jalmas no República do Rock de agosto

Está marcada para o dia 12 de agosto, às 20h, a nova edição do projeto República do Rock, no Teatro Renascença, com shows de Luciano Granja Grupo The Jalmas.

Luciano Granja Grupo. Foto: Luigi Vieira, divulgação

Luciano Granja Grupo. Foto: Luigi Vieira, divulgação

Luciano Granja Grupo é liderado pelo guitarrista e cantor porto-alegrense Luciano Granja, músico que já colaborou com nomes como Kleiton & Kledir, Pitty, Engenheiros do Hawaii e Armandinho. Com Fernando Peters (baixo, violão e voz), Tio Vico (voz e percussão) e Luigi Vieira (bateria), ele vai apresentar músicas próprias, influenciadas por elementos do rock clássico e contemporâneo.

Capa do CD Dos Palcos aos Cabarés. Foto: reprodução

Capa do CD Dos Palcos aos Cabarés. Foto: reprodução

A banda The Jalmas pertence à nova geração do rock gaúcho, e está lançando seu primeiro disco, Dos Palcos aos Cabarés. O título já dá uma pista para a sonoridade e a temática do grupo, influenciado pelo rock inglês em canções que falam de sexo, álcool e diversão – vide o recém-lançado clipe Eu Sou Bandido.

O República do Rock é uma realização da Prefeitura, por meio da Coordenação de Música da Secretaria Municipal da Cultura.